terça-feira, 1 de novembro de 2011

O DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO CRIATIVO

Você sabe o que é e como funciona o processo criativo?

Segue um texto que fiz para um trabalho acadêmico, e que achei interessante compartilhar com vocês 
O DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO CRIATIVO
Desde o inicio, quando decidimos nos tornar Designers, é onde se pode caracterizar como o começo do processo criativo.  Afinal, desde esse momento, tudo o que você vê, lê, escuta e interage, serve como combustível para sua bagagem cultural e, conseqüentemente alimenta sua inteligência visual, ajudando em seu desenvolvimento como profissional.   Pode-se facilmente dizer, que o mercado de Design poderia se comparar à um time de rugby – onde cada tipo de pessoa, seja ela gordinha, forte, ágil,  magra, e etc.; tenha o seu devido espaço e lugar. Ou seja, no mercado de Design, praticamente qualquer profissional, com suas particularidades técnicas, tem seu lugar.
Sendo assim, partindo do princípio de que o talento seja um tipo de dom, você  precisaria, com isto, fundamentalmente de, dedicação, amor  e uma certa industriosidade – sendo esses três aspectos indispensáveis para a área. Deve-se questionar tudo que lhe for proposto, caso contrário, pode acabar sendo submisso e passivo em relação à seu trabalho e na forma que isso reflete no mercado. Desenvolvendo estes pontos, você virá a adquirir um estilo para seu trabalho, onde você estará, inconscientemente, refletindo suas virtudes e qualidades humanísticas, através de suas peças. Esse estilo, ou ‘voz’ como muitos chamam, se adquiri com, basicamente, três elementos principais:
  • Primeiramente, você precisa desenvolver uma compreensão clara e informada do que é bom, e do que realmente vale a pena. Sendo que essa compreensão não precisa ser necessariamente um credo rígido, podendo assim, ser filosófico ou meramente estético; ou até mesmo um misto dos dois.
  • Em segundo lugar cabe o quesito personalidade. Deve haver uma confiança em seus instintos criativos, mesmo havendo dúvida.
  • Em terceiro, vem a consciência cultural, ou seja, toda a influencia que a musica, moda, tendências em geral; têm sobre você.
Outro ponto importante à ser observado é a questão da originalidade. Enquanto muitos designers nem se preocupam com essa questão; outros são obcecados por ela, sendo que muita das vezes, a busca ‘ilusória’ da originalidade, traz alguns problemas. Não podemos nos iludir, achando que a originalidade no dia a dia do designer contemporâneo é possível, pois, tecnicamente, o designer, hoje em dia, se prende em uma matriz paradigmática interconectada e possuem certa sensibilidade compartilhada. O mais próximo que podemos chegar de uma originalidade plena, por assim dizer, seria o que chamamos anteriormente de ‘voz’ ou estilo.  Que acaba se tornando a impressão digital do designer.  
A esse respeito, o autor citou: “ Não acredito na originalidade como algo absoluto. Acho que tem mais a ver com interessantes viradas nas formas existentes. Tomar emprestado dos designers modernistas do passado recente, por exemplo, não é plágio; é mais uma continuação dos processos e idéias que eles colocaram em movimento. Sou influenciado pela arte dos pôsteres polonesa dos anos 1960, que foi influenciada pela pop art e pelo surrealismo, que, por sua vez , se apropriou livremente da arte comercial, da arte das revistas em quadrinhos cinema e gravuras vitorianas, etc. Acho que a chave para saber se é bom  ou não esta na resposta de quem olha para um design. Eles dizem ‘Eu vi isso antes’ ou ‘Eu vi isso antes, mas não desse jeito’.
Ou seja, deixar que coisas influenciem em seu trabalho é uma maneira de expandir seu leque de expressão.  O designer tende a procurar sempre agregar novos conceitos ou novas formas de expressão em seu trabalho, geralmente fugindo do design contemporâneo. Sendo que, ignorar influencias, por causa pela ‘neura’ da “originalidade”  é um erro.  A grande sacada é reconhecer seu débito para com suas fontes, afinal, quem copia, nunca revela suas fontes; os talentosos sempre o fazem.
 

Os três princípios do processo criativo: Atenção, Fuga e Movimento http://criatividadeaplicada.com

O BRIEFING
Todo processo de trabalho do designer começa com o briefing, que por sua vez, pode ser verbal, escrito, e as vezes, pode não vir a ser nem uma coisa nem outra.   Em geral, os briefings de design do mercado comercial, são de má qualidade e algumas vezes pouco promissores. Sendo que quando se pega esse tipo de material de baixa qualidade, tem-se de transformá-lo em um bom briefing – o que nem sempre é possível.  A forma como você lida com as dificuldades para com o briefing e com as imperfeições do briefing é que determinarão seu grau de sucesso.
Existia um estratagema dramático, muito utilizado por Alfred Hitchcock, chamado MCGUFFIN, que por sua vez, não tinha lá uma diferença real na trama, mas, era um ponto, onde havia uma grande sacada, ou um plot twist, que mudaria toda a trama. Sendo assim, nos briefings, existem esses chamados Mcguffins onde devemos achar os pontos de grande importância, que estariam ‘escondidos’ no meio do briefing e compreendê-los melhor.  Cada briefing tem seu Mcguffin e o papel do designer é descobri-lo. Algumas vezes, ele vem isolado pelo cliente, de forma que não é necessário procurar. Mas em uma grande maioria de vezes, ele vem escondido e temos que procurá-lo.


Este artigo eu desenvolvi com base no livro 'COMO SER UM DESIGNER GRÁFICO SEM VENDER SUA ALMA'  de ADRIAN SHAUGHNESSY, que eu recomendo. 


Bom  por hoje é isso, postem ae suas dúvidas, e ou criticas, e em breve posto mais textos sobre o assunto [que eu adoro rs] 

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